nunca mais havia pensado em experimentar o amor de forma tão demolidora. e falo em fazer cair para reconstruir um tudo do nada, do muco obscuro fazer creme de nata, o túnel sem futuro de repente se abrir em longa estrada.
e digo que este texto não são só meras palavras. afirmo que me enganei quando não acreditei em deuses e demônios e em bruxas e fadas. reafirmo que sou um estafeta da vida e que ela, alquimista, ainda me ensina a transformação da lata em cobre, do cobre em prata, da prata em ouro, do ouro em amor: naquilo que ninguém nunca aquilata.
creio que nunca mais havia pensado.
e vejo que me ceguei e me furtei do sabor e abandonei os aromas e me perdi das melodias e que perdi o tato.
nunca mais, e ponha mais nunca nisso e bote mais mais no compasso.
nunca mais eu poderia crer que da vida o amor é o mais substancial extrato.
por isso hoje me redimo.
por isso agora me retrato.
26.04.2013.
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